terça-feira, 21 de outubro de 2014

6 anos de Liga da Medula ♥



Hoje, dia 21/10/2014, o grupo Liga da Medula completa 6 anos de existência.
Em dezembro de 2008 (o ano que nasceu a Liga), vim passar as férias de fim de ano na casa do meu irmão, em Uberlândia, ele sempre me levava em vários lugares a passeio, num determinado dia, vi um panfleto "preto e branco", que dizia a seguinte frase "Estou na luta esperando sua ajuda!". 
Esse pedido me chamou bastante a atenção, gravei o nome, a frase do panfleto e um endereço na internet que dizia ter mais informações. Meu desejo de ser voluntária num grupo de Hospital sempre esteve aceso, e resolvi procurar mais detalhes, que talvez eu podia ajudar esse menino que tocou meu coração. 
E assim, aconteceu... "fucei" na internet a procura de detalhes, informações, até então eu não sabia praticamente nada sobre a Doação de Medula Óssea. Foi daí que conheci pessoas especiais, Pat Etiqueta, foi a primeira pessoa que mantive contato, sabendo sobre o Robertinho e despejando mil e uma perguntas sobre medula óssea, por incrível que pareça, me lembro até hoje das nossas primeiras conversas, e ela sempre com muito carinho e paciência me respondeu...rsrs Ela me apresentou a Eli Amorim, que hoje é uma grande amiga e companheira.
Foi vendo o carinho e amor delas por esse grupo que tinha acabado de surgir, que meu coração foi ficando tocado por esse chamado, queria me envolver cada dia mais... e elas me aceitaram nessa família, fui aprendendo sobre a doação de medula óssea, querendo também que todos aprendessem, que todos tivessem informação, que todos pudessem ver como o procedimento era fácil, e SALVAVA vidas.
Infelizmente, em fevereiro de 2009 Robertinho veio a falecer, deixando um grande legado e muito amor!
A Liga deu continuidade, tentando propagar a doação de medula. Neste mesmo ano, conhecemos o Nathan (RJ) e Lucianinho (MG), dois guerreiros que tocaram profundamente nossos corações e precisavam de apoio, precisavam de uma medula óssea compatível, começamos a realizar Campanhas, acompanhar as famílias e viver uma grande história de Amor, Solidariedade e Fé. 

Esses três anjos, Robertinho, Nathan e Lucianinho, se encontram ao lado de Deus. Deixaram muito aprendizado e amor, deixaram em nós uma força especial, e é por eles que continuamos, que não desistimos, que queremos salvar vidas. Pois foi isso que eles nos ensinaram, a lutar e não desistir...por mais difícil que seja!!

♥ Robertinho ♥
♥ Nathan ♥
♥ Lucianinho ♥

Ao longo da jornada, conhecemos muitos outros pacientes, famílias, amigos, novos voluntários, novos doadores de medula óssea, pessoas engajadas, pessoas querendo salvar vidas.

A Liga da Medula Óssea vem crescendo a cada dia, e é graças a Deus e todas as pessoas que acreditam em nosso trabalho, que nos dão incentivo, que ajudam nas Campanhas, compartilham nossas ideias, fornecem patrocínio de panfletos, faixas e banners. 

Nossa eterna gratidão, por todo apoio e ajuda!!!!

Este desenho nasceu da vontade de eternizar um garotinho que nos inspirou a tornar o sonho da Liga da Medula real, ROBERTINHO, que nos transformou em prol da solidariedade e do amor ao próximo, é um grande presente para nós, que estamos dividindo neste momento com você!

Que este aniversário possa ser comemorado com mais e mais pessoas se cadastrando, atualizando seus dados no Redome, se conscientizando sobre a importância da doação de Medula Óssea, doando sangue e plaquetas, divulgando para seus amigos e vizinhos, que esta corrente do bem se multiplique muito, é este o nosso desejo, é este o nosso pedido ao apagar as velinhas, e que o nosso slogan não seja em vão, "Um dia na sua vida, por uma vida inteira".

De coração desejamos um FELIZ ANIVERSÁRIO para a família Liga da Medula Óssea e Liga da Medula Udi (juntas e pra sempre)!!!

De todas as coisas boas que aconteceram na vida da Liga da Medula, pode ter certeza que vocês que nos reconhecem e nos apoiam foram as melhores delas.

Parabéns à todos que fazem UM DIA se tornar uma VIDA INTEIRA!!!

Como é a doação de medula óssea? Para saber é só clicar aqui !!!!

Acompanhe nosso trabalho pelas páginas do facebook:

LIGA DA MEDULA ÓSSEA


Que Deus continue abençoando esse grupo. Nossos anjos vivem eternamente em nossos corações, Betinho, Nat e Lu... AMAMOS vocês pra sempre!!!!!

6 anos de Liga da Medula Óssea

Alguns vídeos pra vocês:




















Érica Meireles de Moura - Tia de Anjos


terça-feira, 15 de julho de 2014

A Morte!

Um assunto que poucos querem falar, uma palavra que assusta, um momento que se depender de nós, sempre será adiado. 
Mas depois de ler um texto, vi o quanto é importante tocarmos nesse assunto, desde pequena ouvi falar "A única coisa que não dá pra mudar é a morte!", e é mesmo, não dá pra mudar, mas talvez dê pra gente se preparar melhor, pois evitar o sofrimento de quando vimos alguém que amamos partir, na minha opinião não tem jeito, vamos sofrer, vai doer, vai cair lágrimas sim. Mas temos que aceitar, em algum momento, todos nós vamos partir, cada um na sua hora e do jeito que Ele determinar, sabendo que para tudo há um propósito de Deus!

Esse texto a seguir não é de minha autoria, é da Maria Fernanda Vomero, achei excelente. Simples, direto, reflexivo e até consolador!



Há muito tempo, no Tibete, uma mulher viu seu filho, ainda bebê, adoecer e morrer em seus braços, sem que ela nada pudesse fazer. Desesperada, saiu pelas ruas implorando que alguém a ajudasse a encontrar um remédio que pudesse curar a morte do filho. Como ninguém podia ajudá-la, a mulher procurou um mestre budista, colocou o corpo da criança a seus pés e falou sobre a profunda tristeza que a estava abatendo. O mestre, então, respondeu que havia, sim, uma solução para a sua dor. Ela deveria voltar à cidade e trazer para ele uma semente de mostarda nascida em uma casa onde nunca tivesse ocorrido uma perda. A mulher partiu, exultante, em busca da semente. Foi de casa em casa. Sempre ouvindo as mesmas respostas. “Muita gente já morreu nessa casa”; “Desculpe, já houve morte em nossa família”; “Aqui nós já perdemos um bebê também.” Depois de vencer a cidade inteira sem conseguir a semente de mostarda pedida pelo mestre, a mulher compreendeu a lição.
Voltou a ele e disse: “O sofrimento me cegou a ponto de eu imaginar que era a única pessoa que sofria nas mãos da morte”.
A morte pode ser vista como um mistério incompreensível. Ou como um absurdo inaceitável. A morte pode até ser tratada como um tabu, assunto do qual a maioria das pessoas não gosta de falar. Mas, seja como for, aceitemos isso ou não, a morte é um fato, uma realidade inexorável. E que vem para todos nós. Por mais que queiramos nos esconder dela, deixar de existir é uma coisa tão natural quanto existir. Na verdade, a morte é provavelmente a única coisa certa na sua existência ou na minha – e também na de nossos pais, nossos filhos, nossos ídolos e inimigos, de todas as pessoas que amamos e mesmo daquelas que jamais chegaremos a conhecer: é certo que todos nós vamos morrer um dia. Pessoas boas, pessoas ruins, gente em Xanxerê, Santa Catarina, ou em Nagano, no Japão. E esse dia pode acontecer amanhã ou daqui a 60 anos.
A morte faz parte da vida. Todos começamos a morrer exatamente no dia em que nascemos. A morte, portanto, é um etapa da nossa existência com a qual temos que conviver. Pode-se conviver melhor ou pior com ela. Mas não se pode evitá-la. Pode-se aceitar a sua inevitabilidade e olhá-la de frente. Ou pode-se negá-la, fugir dela, imaginar que não pensar na morte possa fazer com que ela deixe de acontecer com você ou com a sua família. Mas o fato é que todos nós estamos programados para nascer, crescer e morrer – uma obviedade esquecida por boa parte da sociedade ocidental contemporânea, que teima em ver a morte como um evento artificial, inesperado e injusto. Sobretudo, costumamos vê-la como um evento exclusivo, pessoal, que isola quem sofre uma perda, por meio da dor, do resto do mundo. Quando, ao contrário, não há nada menos exclusivo do que morrer. Nem nada que perpasse mais a humanidade do que o sofrimento de uma perda.
Como está expresso na fábula tibetana, a morte não é privilégio nem desgraça particular de ninguém. Ela chega para todos, sem exceção.
Mas, afinal, se a morte é tão comum e corriqueira, por que ela nos causa tanto medo? “O maior desejo do homem é a imortalidade”, diz a psicóloga Ingrid Esslinger, da Universidade de São Paulo (USP), acostumada a atender pessoas em situação de luto. “Por isso, muitas vezes a morte é considerada uma inimiga.” E uma adversária, que poderia ser vencida pelos avanços científico-tecnológicos do século XX, que aumentaram indiscutivelmente a eficiência dos diagnósticos, dos medicamentos, das técnicas cirúrgicas etc. O sonho da permanência ganhou um reforço com as melhorias trazidas pela medicina, com o aumento da expectativa de vida, com a possibilidade de haver cura para todas as doenças, mesmo o câncer ou a Aids. Enfim, soa como um despropósito falar de morte a quem tem as descobertas da ciência a seu favor. Afinal, se existem meios de prolongar a vida útil do ser humano, de manter-se jovem, de atrasar o envelhecimento, de viver mais de 100 anos, por que pensar na finitude?
É um paradoxo: a valorização da vida e a ilusão de eterna beleza e jovialidade trazidas pela vida moderna acabam gerando, por meio do apego a tudo isso, muito mais tristeza e sofrimento pelo fim inevitável da existência do que felicidade pelo mais de vida que proporcionam.
O mundo ocidental transformou a morte em tabu: ela costuma ser ocultada das crianças e banida das conversas cotidianas. Tudo aquilo que possa lembrá-la – a enfermidade, a velhice, a decrepitude – é escamoteado. Os doentes morrem no hospital, longe dos olhos – e, não raro, do coração – de seus amigos e parentes. E os rituais de luto são cada vez mais rápidos e pragmáticos. O medo natural que todo ser humano sente diante da própria finitude vira pânico. E mesmo a morte natural – não causada, por exemplo, pela tremenda violência que a cada dia assola os cidadãos no Brasil – acaba virando sinônimo de aniquilamento sumário, de abreviamento. O que, no mais das vezes, não corresponde à realidade por se tratar apenas de uma vida que chegou naturalmente ao fim, de uma existência que simplesmente expirou.
“Partimos de idéias preconcebidas sobre a morte, formadas a partir da nossa personalidade, da educação familiar e do ambiente sociocultural e religioso em que vivemos”, diz a psicóloga Bel Cesar, do Centro de Dharma da Paz, em São Paulo, e autora de Morrer Não Se Improvisa. Tais imagens são rótulos que muitas vezes não correspondem à experiência humana e que acabam alimentando fantasias amedrontadoras. “Refletir sobre a morte pode torná-la mais familiar e, portanto, menos ameaçadora”, diz.
O primeiro passo para conviver melhor com a idéia da morte é esquecer aquela imagem medieval, um tanto tétrica, de um esqueleto coberto com uma capa preta carregando uma foice afiada na mão. Talvez uma imagem melhor para a morte seja imaginá-la como o fim de uma festa muito bacana: você já sabia que ela acabaria, que ela teria que acabar, em algum momento. E, pensando bem, talvez não seja de todo mal que a festa termine. Você agüentaria dançar na pista para sempre? Por melhor que seja a música, tem uma hora que seu corpo e sua mente pedem descanso. E aí, talvez, seja o momento mesmo de sair da pista, serenamente, sem traumas, e dar lugar a quem está chegando à festa cheio de gás.
Bel propõe um exercício de meditação, inspirado nas práticas budistas: repita a palavra “morte”, de olhos fechados, inúmeras vezes. “Surgirão pensamentos, imagens e sentimentos muitas vezes antagônicos. Mas, se você continuar essa experiência de mergulhar até onde a palavra ‘morte’ o levar, verá que algo dentro de você mudará positivamente”, diz ela.
O medo da morte é um sentimento inerente ao processo de desenvolvimento humano. Aparece na infância, a partir das primeiras experiências de perda. E tem várias facetas: trata-se de um medo do desconhecido, somado ao medo da própria extinção, da ruptura da teia afetiva, da solidão e do sofrimento. “O medo da morte é fundador da cultura”, diz a socioantropóloga Luce Des Aulniers, responsável pela disciplina de Estudos Sobre a Morte, da Universidade de Quebec, em Montreal, Canadá. “Esse medo funciona como pivô e como motor de todas as civilizações. A partir do desejo de perenidade, se desenvolvem as instituições, as crenças, as ciências, as artes, as técnicas e mesmo as organizações políticas e econômicas.”
Esse é o lado, digamos, vital da morte. “O medo da morte nos força a viver – a nos relacionarmos, a procriarmos, a criarmos, a construirmos coisas que nos transcendam”, diz Luce. Na ilusão da imortalidade, o ser humano acredita que suas obras sejam permanentes e garantam que ele não seja esquecido. Cada um adapta, à sua própria maneira, a máxima “plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho”. Isso ocorre porque, para o nosso inconsciente, a morte nunca é possível nem admissível quando se trata de nós mesmos. “A idéia da não-existência provoca tal desconforto que a mente humana acaba criando alguns mecanismos de defesa para fugir dessa realidade”, diz o psiquiatra e psicanalista Roosevelt Smeke Cassorla, da Sociedade Brasileira de Psicanálise, em São Paulo. A negação e a repressão da idéia de morte são exemplos desses artifícios.
Nada disso é novidade. Desde os tempos mais remotos, os homens já enxergavam a morte como elemento antagônico à vida – e não como parte integrante e inseparável dela. Talvez fosse mais fácil aceitá-la como fato natural quando ela acontecia aos borbotões, quando a expectativa de vida das pessoas era de 35 anos. Mas o estranhamento e o terror sempre existiram. As pinturas encontradas nas paredes de cavernas como Lascaux e Chauvert, na França, revelam o incômodo que a morte provocava no homem de 30 000 anos atrás. Os episódios alegres, como as caçadas, eram retratados em cores vivas, usando óxido de ferro (alaranjado) ou calcário amarelo. As imagens fúnebres, por sua vez, eram pintadas com cores escuras, com carvão.
O antagonismo se mantém dentro de cada um de nós, no jogo constante entre Eros, o deus grego do amor, e Tanatos, o deus da morte, para usar uma imagem cunhada por Sigmund Freud, fundador da psicanálise. As forças da vida, representadas por Eros, estimulariam o crescimento, a integração, a autoproteção e a sobrevivência. As forças da morte, representadas por Tanatos, alimentariam os instintos destrutivos e as atitudes de auto-sabotagem, por exemplo. Da conciliação dessas forças contraditórias, surgiria o equilíbrio e o vigor emocional necessários para viver.
No entanto, o medo de morrer pode gerar um apego desmedido a elementos cotidianos e um conseqüente desespero diante da possibilidade de vir a “perder tudo” com a morte – a companhia dos amigos, o carro novo, os imóveis, o status social, os projetos não realizados. No budismo, assim como na tradição cristã, o desapego é condição essencial para uma “boa morte”. “Normalmente assumimos que precisamos dominar alguma coisa para que ela nos traga felicidade. E nos perguntamos: como é possível saborear alguma coisa se não podemos possuí-la?”, escreve Sogyal Rinpoche, em seu O Livro Tibetano do Viver e do Morrer. “Mas, na morte, não podemos levar nada conosco.” Nem bens, nem diplomas, nem o sucesso. Eis aqui outro paradoxo: para viver bem, sem o terror e o tormento da idéia do fim, é preciso cultivar um certo desapego em relação à vida.
Em outras palavras: para experimentar a “boa morte” e morrer serenamente – em oposição a viver atarantado pela iminência da “cadavérica” e assim morrer sofrendo – é preciso absorver a idéia de que, como quase tudo neste mundo, também nós somos impermanentes.
A vida é como um contrato que estabelece a própria vigência em uma das cláusulas. Ou seja, basta estar vivo para estar sujeito às leis da existência, que determinam o seu próprio término. Lutar contra esse fato inelutável é garantia de dor. Ao contrário, aceitar a transitoriedade da condição humana – que se aplica a você, a mim e a mais seis bilhões de indivíduos – ajuda a aliviar o sofrimento que a idéia da morte costuma trazer. Você não pode mudar o fato de que vai acabar um dia. Mas você pode mudar o modo como se relaciona com esse fato. Em certas ordens religiosas católicas, os monges, ao se encontrarem nos corredores do mosteiro, costumam dizer uns aos outros: “Memento mori”, uma expressão latina que significa “lembre-se de que vai morrer”. A saudação – que é o contraponto de “Carpe diem” (“aproveite o dia”) – funciona como um exercício espiritual de aceitação gradual e diária da morte, vendo-a como uma conseqüência da própria vida e também de preparação para o momento em que ela acontecer.
O contrário disso é o culto ao ego, ao “pequeno eu” que há dentro de cada um de nós, manifestado na não-aceitação do curso natural dos acontecimentos, quando ele não ocorre como gostaríamos. E que está presente no indivíduo que tenta se colocar sempre acima do todo a que pertence. Ao não conseguir fazê-lo, esse “eu” sofre exagerada e desnecessariamente para aceitar a parte que lhe cabe. Na vida, quanto mais você está centrado em si mesmo, sem compartilhar suas alegrias e suas frustrações com os outros, mais você sofre com a ausência de solidariedade, com o isolamento que impõe a si mesmo, com a falsa idéia de que está desamparado. Na morte, acontece a mesma coisa. Quanto menos você compartilha a sua dor – e o sofrimento é um dos elos fundamentais da humanidade –, mais insuportável ela se torna.
As perdas que você acumula ao longo da vida podem tanto potencializar o seu medo da morte quanto ensiná-lo a conviver melhor com a finitude. “Vivemos pequenas perdas todos os dias. Uma separação, uma demissão, a morte de um amigo, a notícia de uma doença incurável”, diz a psicóloga Maria Helena Bromberg, coordenadora do Laboratório de Estudos e Intervenções sobre Luto (Lelu), da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. “Essas experiências cotidianas de morte nos ajudam a entender que nada dura para sempre. Inclusive nós, em nossa natureza mortal.”
Uma história antiga ajuda a entender melhor esse processo de pequenas aprendizagens – e como muitos de nós o ignoram. Um dia, há muito tempo, um homem resolveu fazer um trato com a Morte. Prometeu a ela que não ofereceria resistência quando sua hora chegasse. Mas pediu, em troca, que fosse avisado com antecedência porque queria ter tempo suficiente para terminar todas as suas tarefas. O acordo foi feito. Tempos depois, houve um acidente grave na cidade e muitos amigos do homem morreram. Anos mais tarde, um vizinho próximo faleceu. Em seguida, foi a vez de um tio. Até que o homem ficou doente e, em alguns meses, encontrou-se com a Morte. Ela tinha vindo buscá-lo. Revoltado, reclamou: “Eu pedi que você me avisasse quando viria e não recebi um sinal!” Ao que a Morte respondeu: “A morte dos seus amigos, do seu vizinho, do seu tio não bastaram?”
Para quem busca na filosofia maneiras de lidar melhor com a morte, as reflexões finais do filósofo grego Sócrates – condenado a tomar cicuta, um veneno letal –, realizadas no século V a.C., representam um excelente exercício de aceitação. “Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas. Ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja. Ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para outro”, afirmou Sócrates. Em outras palavras: para quem não acredita na continuação da vida, a morte é o nada, é a ausência completa de angústias e desesperos, é o fim das aflições. E para quem acredita na continuação da vida, a morte é a passagem desta existência para outra melhor. De qualquer modo, a dor estaria na vida e não na morte.
Quando chegou o momento de beber o veneno, Sócrates disse a seus discípulos, numa última lição: “Mas já é hora de irmos: eu para a morte e vocês para viverem. Mas quem vai para melhor sorte é segredo, exceto para Deus.”
A morte é um assunto tão complexo que sequer há uma concordância entre os cientistas quanto sua definição. No campo filosófico, essa discussão fica ainda mais sinuosa. “Apesar de considerarmos a morte como um evento biologicamente irreversível, ela não pode ser determinada exclusivamente pelo critério biológico, pois envolve também questões ontológicas e filosóficas”, afirma o patologista forense Marcos de Almeida, professor de Medicina Legal e Bioética da Universidade Federal de São Paulo. Alma e consciência são sinônimos? Existe uma alma imortal? Se sim, para onde ela vai quando morremos? Sem respostas definitivas da ciência, o homem busca, nas crenças religiosas, explicações para o fenômeno da morte. Para uns, trata-se de uma passagem, uma transição desta vida para outra, mais plena e mais feliz. Para outros, é o momento máximo de iluminação, uma forma de libertação do sofrimento.
Há ainda aqueles para quem morrer é simplesmente deixar de existir – como se fôssemos uma lâmpada que se apaga, sem qualquer possibilidade de transcendência.
“Pesquisas demonstram que pessoas com forte grau de envolvimento religioso, independente da crença, geralmente têm menos medo da morte”, afirma a psicóloga Maria Júlia Kovácz, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte (LEM) da USP e autora de Morte e Desenvolvimento Humano. “A fé ajuda a superar a ansiedade em relação à idéia de finitude”, diz ela. Para o psicanalista Roosevelt Cassorla, “na religião o indivíduo convive melhor com a finitude porque lá encontra certezas sobre por que vive, por que morre e o que acontece após a morte.”
Se há uma outra vida que se segue à morte, existiria então uma continuidade da mente ou do espírito. “Viver em função dessa continuidade nos torna mais responsáveis pelas conseqüências dos nossos atos”, diz a psicóloga Bel Cesar. “O fruto apodrece, cai no chão, mas deixa a semente que dará vida a outro fruto. Assim também conosco.” A visão espiritual da morte implica desapego. Afinal, é também por meio da aceitação da impermanência humana que a religião ajuda a suavizar o sofrimento causado pela finitude. Por outro lado, a idéia de transcendência, do indivíduo que vence a morte, paradoxalmente embute uma aspiração à perenidade, ao não admitir que o sujeito chegue a um fim e ao propor que ele perdure em algum outro lugar, existindo de alguma outra maneira.
Em oposição à visão espiritualista da morte, há a tradição materialista ocidental, que surgiu na Antigüidade e depois foi retomada pelos filósofos do Iluminismo, a partir do século XVIII, para a qual a morte é o fim total e absoluto. Nada mais do que a interrupção de um processo neurofisiológico, de um mero evento biológico. Essa concepção, mais tarde lapidada pelos existencialistas, como o francês Jean-Paul Sartre, funda muito da nossa visão de que morrer é um fracasso, um escândalo, uma idéia inconcebível com a qual é impossível lidar e inútil tentar conviver. “Morrer é um absurdo”, escreveu o filósofo existencialista Arthur Schopenhauer (1788-1860). A morte não cabe na idéia cartesiana de vida – para a qual tudo poderia ser medido, compreendido, planejado. A finitude quebra a ilusão iluminista e antropocêntrica de que o homem poderia controlar tudo por meio da sua razão. A possibilidade de não estar mais aqui amanhã não cabe nesse jeito de entender o mundo.
O Ocidente, em seu esforço por não admitir a morte, está há pelo menos 30 anos obcecado pela idéia do jovem como metáfora de vida saudável. O envelhecimento, que também pode ser saudável, é visto sempre como decrepitude – e a morte é vista sempre como a epítome disso. “Há uma negação muito clara da finitude. Sobretudo porque os valores da sociedade de massa e de consumo são antagônicos à idéia de morte: o fetichismo da juventude eterna, os ideais de progresso, a acumulação de bens, a busca da imortalidade”, diz Olgária Feres Matos, professora do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo. A sociedade ocidental vive um presente perpétuo, imediato. “Não há nem a visão de um futuro nem a evocação de um passado. Por isso, a morte não é admitida como uma experiência humana aceitável”, afirma Olgária. O resultado é uma sociedade atormentada, que busca inutilmente a serenidade e a felicidade não no autoconhecimento, mas em fugas da realidade indiscutível de que um dia iremos deixar de existir.
“Atualmente se vive muito mal. As pessoas, hipnotizadas por falsas necessidades, não têm uma vida emocional rica. E morre-se de modo ainda pior”, diz o psicanalista Roosevelt Cassorla. Muitas vezes, morre-se sozinho, na assepsia gelada dos hospitais, experimentando um dos medos mais primitivos do ser humano: a solidão. Até o luto é suprimido – uma exigência implícita para que a dor seja contida, pois os sinais de morte não podem transparecer aos que ficaram.
“Gastamos nossos dias tentando aproveitar a vida e chegamos ao momento da morte totalmente despreparados”, afirma o filósofo Basílio Pawlowicz, da Associação Palas Athena, um centro de estudos especializado em temas ligados à espiritualidade, em São Paulo. “Se você não disse o que queria dizer, não amou o quanto poderia amar, não tentou aquilo que desejava tentar, logicamente morrerá angustiado, com a sensação de que a vida se foi e tudo ficou pela metade.”
Mesmo no mundo ocidental, no entanto, sobrevivem tradições que, ao festejar a morte, celebram a vida. O “Dia dos Mortos”, no México, é um exemplo disso. “Ainda existem aldeias que desenterram os mortos nesse dia. Trata-se de um costume indígena milenar. As refeições são feitas no cemitério e as crianças ganham doces e bombons em forma de caveiras”, diz o historiador Leandro Karnal, professor de História da América na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “No interior do país, sobrevive a prática de conversar com os mortos para colocá-los a par do que aconteceu durante o ano.” As famílias preparam altares para seus falecidos e neles colocam os objetos de predileção do parente morto: livros, cigarros, comidas, fotografias.
A atitude de festejar a morte também está presente na cultura japonesa. “Povoado do Moinho”, o último episódio do filme Sonhos (1992), do diretor japonês Akira Kurosawa, exibe o confronto entre a antiga concepção de morte, expressa nos ritos funerários do vilarejo, e a nova, ocidentalizada, representada por um forasteiro que assiste à cerimônia. O cortejo segue, alegre, pelas ruas do povoado. Crianças, jovens e adultos cantam e dançam durante todo o trajeto do enterro. Eles celebram a morte de uma das mulheres mais velhas da aldeia. O clima de festa surpreende o forasteiro, acostumado – como nós – à atmosfera sombria de boa parte da liturgia funerária ocidental. Um velhinho centenário, então, explica ao rapaz que é uma honra encontrar a morte depois de uma existência tão plena como a daquela mulher. Por isso, tal fato merece comemoração. A história mostra como o fato de morrer pode ser encarado com serenidade e satisfação, como uma homenagem à própria vida que terminou ali.
A morte já foi vista de modo mais familiar pelo Ocidente. E não faz tanto tempo assim. Até meados do século passado, era costume morrer em casa, cercado por parentes. “A família reunia-se em volta do leito para ouvir a última palavra daquele que estava morrendo”, afirma o historiador Eduardo Basto de Albuquerque, da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. “Era um momento de despedida.” Não se ocultava das crianças a morte como se faz atualmente. O velório também era, na maioria das vezes, realizado em casa – tradição que ainda sobrevive em algumas cidades do interior do Brasil. “Existiam comidas típicas para a ocasião. Os parentes preparavam alguns pratos para receber os conhecidos que participavam do enterro. Havia, inclusive, cânticos e orações especiais para o momento”, diz Eduardo.
Com a morte tendo sido transferida para a impessoalidade dos hospitais, perdemos a noção da importância dos rituais funerários, que conferem um sentido ao sofrimento e à morte. A expulsão da morte da nossa intimidade, privando aquele que está prestes a morrer da nossa ternura e da nossa solidariedade nos momentos finais, é uma metáfora da negação da finitude que operamos em nossas próprias vidas. “Os rituais de morte estão presentes em todas as sociedades do planeta. Servem para a compreensão ‘social’ do fenômeno: ajudam a digerir o impacto provocado pela perda do outro e funcionam como fator de agregação daquela sociedade”, diz o antropólogo Guillermo Ruben, da Unicamp.
“Os rituais seculares foram esvaziados de sentimentos e significado”, escreveu o sociólogo alemão Nobert Elias, na arguta análise da experiência de morte nos dias de hoje, presente em A Solidão dos Moribundos. “O crescente tabu da civilização em relação à expressão de sentimentos espontâneos e fortes trava suas línguas e mãos. E os viventes podem, de maneira semiconsciente, sentir que a morte é contagiosa e ameaçadora; afastam-se involuntariamente dos moribundos”, afirmou. “Mas, para os íntimos que se vão, um gesto de afeição é talvez a maior ajuda, ao lado do alívio da dor física, que os que ficam podem proporcionar.”
O temor do “contágio” pela morte explica a solidão e a frieza das unidades de terapia intensiva, onde, muitas vezes, os doentes terminais morrem sem a possibilidade de dizer uma última palavra aos que amam e sem ninguém que lhe ofereça conforto espiritual. Claro que morrer assim dá muito medo. Estabelece-se aí um círculo vicioso: temos pânico da morte porque ela nos parece horrível e a tornamos muito mais horrível do que poderia ser porque nos afastamos dela – e de quem morre. O escritor budista Sogyal Rinpoche, autor de O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, espantou-se quando visitou o Ocidente pela primeira vez, na década de 1970, e constatou a insensibilidade do atendimento aos doentes terminais. “O que me perturbou profundamente, e ainda continua a perturbar, é a quase inexistência de auxílio espiritual que há na cultura moderna para aqueles que vão morrer”, escreveu ele. “Cuidado espiritual não é luxo para poucos; é direito essencial de todo ser humano.”
No início dos anos 70, iniciou-se um movimento de humanização da medicina, principalmente no campo do atendimento aos pacientes terminais, que veio a se contrapor à frieza ainda dominante dos hospitais modernos. A enfermeira britânica Cicely Saunders inovou ao propor um atendimento multiprofissional aos pacientes portadores de câncer avançado, em locais chamados hospices. Nesses abrigos, o doente conta com os cuidados médicos e com a proximidade da família. Da equipe multiprofissional fazem parte também psicólogos e sacerdotes de diferentes religiões, prontos a oferecer assistência psicológica e espiritual. O “movimento hospice” incentivou a criação das unidades de cuidados paliativos, que funcionam ligadas aos hospitais, e do homecare, o atendimento domiciliar a pacientes terminais. A idéia é simples: tão fundamental quanto ter uma boa vida é gozar de uma morte mais humana, mais envolta em serenidade e ternura.
Eis o conceito, ainda tímido no meio médico mas bastante pertinente, de ortotanásia – a morte digna, sem abreviações desnecessárias e sem sofrimentos adicionais.
No Brasil, o pioneiro na divulgação dos cuidados paliativos foi o médico Marco Tullio de Assis Figueiredo, professor da Universidade Federal de São Paulo, antiga Escola Paulista de Medicina. Além de ter criado dois cursos voltados aos estudantes da área de saúde – um sobre Tanatologia (o estudo da morte) e outro sobre Cuidados Paliativos –, Marco Tullio implantou uma Unidade de Cuidados Paliativos no Hospital São Paulo. “Os estudantes de Medicina, em geral, nada aprendem em seus cursos sobre a morte e a dimensão do processo de morrer”, diz ele, que é sócio-fundador da Associação Internacional para Hospices e Cuidados Paliativos. “Por isso, vemos médicos tentando manter a vida do paciente a qualquer preço, mesmo que isso implique em mais sofrimento para o doente.” Tal prática é conhecida como distanásia, conceito que significa o prolongamento da agonia na tentativa de adiar a morte e de conseguir uma sobrevida sem qualquer qualidade – em oposição à ortotanásia.
A equipe multiprofissional de Marco Tullio também prevê o atendimento domiciliar. “Faço o possível para que meus pacientes morram em casa, próximos dos familiares. Procuramos, assim, resgatar as noções de humanidade e dignidade na morte que a medicina contemporânea perdeu”, afirma ele. Outras unidades de cuidados paliativos estão sendo criadas em diversas regiões do Brasil, mas ainda existe resistência, mesmo entre os médicos, em falar de morte.
Num esforço para reaproximar o tema do cotidiano de crianças, adolescentes, adultos e idosos, a equipe do Laboratório de Estudos sobre a Morte, da USP, preparou uma trilogia de vídeos chamada Falando de Morte. Cada episódio é dedicado a uma fase da vida. E a morte é vista como uma das etapas da existência. O objetivo é estimular discussões sobre o assunto na escola, na família, nos hospitais. “Falar da morte é transformá-la em aliada, conselheira, em uma presença natural”, afirma Ingrid Esslinger, integrante da equipe. “Lidar com ela de modo saudável significa ter mais realizações, finalizar mais tarefas e pedir mais perdões ao longo da vida. Só assim se vive de modo mais pleno e se pode morrer mais serenamente, rompendo com o hábito de deixar certas decisões para amanhã, depois de amanhã e assim por diante.”
Na filosofia oriental, existem práticas específicas de preparação para a morte. A principal delas é a meditação, que tem o objetivo de domar a mente, a ansiedade e as emoções negativas sempre – mas especialmente no momento em que a pessoa se aproxima da morte. A maior tranqüilidade dos orientais em relação à finitude se expressa também no maior respeito em relação aos velhos. As pessoas que se encaminham para o final da vida são respeitadas, incensadas. E, não raro, têm suas existências festejadas. Não são tornadas invisíveis e indesejáveis, como ocorre com freqüência no mundo ocidental.
Uma das imagens utilizadas na meditação para caracterizar os instantes finais da existência é a de uma bela atriz sentada em frente ao espelho. O último espetáculo está prestes a começar. Ela retoca a maquiagem e repassa a sua fala antes de pisar no palco pela última vez. Está preparada para a apresentação derradeira. Esse é o objetivo da meditação: adquirir a capacidade de manter a mente tranqüila e o espírito sereno no momento da morte, independente de quando e de como ela aconteça.
Reconcilie-se com a morte. Não por morbidez, não para se esquecer de viver, não porque seja bom deixar de existir. Mas simplesmente porque ela vai acontecer e não somente com você – mas com todos os que andaram, andam ou venham a andar sobre a Terra. A você e a mim, portanto, resta apenas aprender a conviver com ela. Encará-la de frente, compreendê-la, admiti-la. Em vez de escamoteá-la, negá-la, escondê-la. E, quem sabe, assim, sofrer menos com a visita que ela nos fará um dia e com os eventuais sinais da sua presença que ela já tenha plantado ao nosso redor. Desejo uma excelente vida para você, leitor. E uma boa morte. "

Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/morte-442634.shtml

É isso... Até o próximo post!


Abraços,

Ass: Tia de Anjos




quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Parabéns para nós, Amor! ♥

05/02/2014



Hoje é uma data muito especial, completo 01 ano de Namoro. Há 12 meses começava oficialmente nosso compromisso! 
Nos meus pensamentos, retorno aos momentos onde tudo começou... e foi numa amizade e brincadeira que tudo surgiu... rs
Thaís (para os íntimos Teisse..kk 3233..parei!!), minha amiga (e hoje cunhada também, na verdade, amicunha!). Nós sempre conversamos vários assuntos, e as vezes era sobre o irmão dela...hahaha Começou com uma brincadeira, e fico imensamente feliz que se tornou algo real e concreto! Pois bem, ela nos apresentou...rs
Teisse, muito obrigada, primeiro pela amizade e confiança, você sabe que pode sempre contar comigo, que antes de tudo somos amigas! Daquelas que falam bobeiras, marcam viagens, e quando precisar de chorar, também estamos ali... e fico feliz que nada tenha mudado entre nós, que isso continua, e que sabemos que amizade tem seus momentos de altos e baixos, que você deve querer me enforcar as vezes aushuashuashuahu... pela chatice! hahahah Mas depois quando eu canto super afinado, você me perdoa...kkk!

Estou feliz... e essa pequena frase eu pensei que jamais falaria com tanta propriedade, depois de alguns acontecimentos. 

Eu vejo que o Dênisson, eh...você mesmo amor! Veio como um presente de Deus, na hora certa, no momento certo, na data correta (05/02/2013). 


No dia 05 do ano passado, nós conversávamos e o pedido foi feito, fiquei bastante emocionada e você desde o começo me fez sentir segurança e proteção! 
Após 3 dias, tive que viajar para SP, os dias lá foram difíceis e a volta para casa mais ainda... tive que me despedir do meu Anjo Lucianinho. Meu coração estava com crateras e muitas feridas... 

Como nosso relacionamento estava bem no começo, pensei que minha tristeza e choros iria afetá-lo, o jeito que encontrei foi afastar, ficar mais sozinha, não queria demonstrar tanta fragilidade para você amor... aliás, fiquei com receio do que você iria pensar, porque na verdade não tínhamos tanto convívio ainda e você não conhecia meu jeito!!! 
Mas o que meu amor fez? Heim amor!?
Você sempre estava ali, com mensagens, ligações e esperando o meu tempo, deixou claro que estava do meu lado para qualquer coisa!!
Sua compreensão fez toda diferença, obrigada por me aguentar naqueles dias, por não me abandonar, por estender seu abraço e colo. Obrigada pelas vezes que me tirou de casa para passear e distrair, você devolveu cor aos meus dias, a minha Vida... você foi antes de tudo um amigo, companheiro, confidente. 
Nossa confiança cresceu e nosso amor também!
Obrigada pelo almoço da churrascaria naquele dia que eu estava tão pra baixo e desanimada...você saiu correndo do serviço para almoçar comigo, eu precisava muito do seu abraço (da sua presença)! E logo depois me senti melhor, obrigada amor.

Você é um presente de Deus, lindo, carinhoso, compreensivo, romântico e seu segundo time é o Inter. hahaha 



Que Deus continue nos abençoando, dando sabedoria para o relacionamento!
Que o diálogo sempre se faça presente!
E que venha muita Tropeiro e Minas Tchê pra nós...uashaushauhsau!

Te Amo muuuuuuuuuuuuuuuuito!

Obrigada por ser tão Especial... saiba que estarei do seu lado, para o que precisar...pro que der e vier... 

Em 2013 o que me aconteceu de bom, de melhor... foi ter você.



Eu quero você....sempre.

Meu Drácula...




TE AMO!!!!

Quando eu vejo esse clipe... vejo também nossos planos e sonhos!!!





Amicunha e Amor. AMO muito vocês!!!

Que nosso caminho seja abençoado. Amém!

Parabéns pra nós... e que venha muitas comemorações...

Te amo!




Amo, amo e amo...

Obrigada DEUS, por me enviar esse presente!

Ass: Érica

(Tia de Anjos)

sábado, 2 de novembro de 2013

Dois pedidos...



O dia 02 de novembro é considerado o dia de Finados, procurei na internet uma definição desse dia, no site Brasil Escola encontrei o seguinte:

"Assim como outras datas são importantes para nossas vidas, o dia 02 de novembro, mais conhecido como dia de finados, também tem sua relevância, pois foi criado em homenagem às pessoas falecidas.
A morte é o cessar definitivo da vida, seja ela humana, vegetal ou animal, que pode acontecer por diferentes motivos, como doenças, acidentes ou violência. (Jussara de Barros)"

Eu particularmente, acordei lembrando de todos meus familiares que estão invisíveis aos nossos olhos, mas que se encontram eternamente em nossos corações. Aqueles que partiram antes de nós, mas deixaram muitas lembranças... Lembrei-me de todos os amigos próximos que também tiveram que partir, os anjos guerreiros, os meus anjos guerreiros, que lembro todos os dias... enfim, de todos os que estão onde acredito que iremos...!!!

O título do meu post é "Dois pedidos...", pois pra hoje eu tenho somente dois pedidos... o primeiro é pra Deus, nosso Senhor, peço que conforte os corações que sofrem a ausência do seu ente querido, os filhos que perderam seus pais, as mães/pais que perderam seu filho, enfim, todos aqueles que sentem falta da PESSOA AMADA que está CONTIGO, meu Deus!!
Senhor, conforte o coração da minha família e dos meus amigos, perder quem amamos é tão difícil, mesmo sabendo que estão bem, num lugar lindo, sem dor, sem sofrimento... mas, dói...e dói muito!!!!! A morte é a única certeza da vida, mas nunca estamos preparados pra enfrentá-la. Saudades eternas daqueles que estão vivos em nossas memórias e nossos corações...

Meu segundo pedido é pra VOCÊ (e pra mim também), que tal lembrarmos das pessoas que estão conosco hoje? Nossa família que está ao nosso redor, vamos dizer Eu te amo, Conta comigo, Me dá um abraço (ou melhor, que tal dar o abraço?)... Vamos aproveitar enquanto temos...pois a saudade não será motivo pra trazê-las de volta. 
Ame seus pais, seus irmãos, ame quem te ama e te quer bem...ame sua família, ame seus amigos. Ame sem limites. VIVA momentos bons, de afeto, harmonia, brincadeiras, talvez chegue um tempo que somente terá as lembranças...


Dê muitos abraços... o abraço é sentir o coração do outro perto do seu...!!! Sinta enquanto pode... sinta enquanto há vida!!!

Saudades ... Saudades ... Saudades ...

Que Deus esteja sempre conosco.

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Romanos 8:38"

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu nisso???
João 11:26"

Amém, eu creio Senhor!!!


Vídeos que recomendo:










Amo vocês que estão no meu coração, eternamente. Obrigada pelas belas lembranças que hoje posso sentir... 

domingo, 21 de julho de 2013

1 ano de Saudades! #JF

Ontem completou 1 ano que meu amado sobrinho Juan foi morar no jardim de Deus, lugar onde não há dor, nem sofrimento, mas um lugar no qual o Senhor acolhe suas mais belas flores. 
Eu poderia começar a escrever muitas lamentações, pois pra falar a verdade, a dor é imensa, muito, mas muito grande. E murmurar as vezes é a primeira coisa que se passa pela nossa cabeça, perguntar e questionar, não aceitar, brigar, etc... Dá vontade de fazer isso? Claro, e como! Mas quando me lembro da vida do Juan, de como ele enfrentou as diversas situações, me envergonho de querer lamentar, pois nosso guerreiro teve vários motivos pra isso, E NÃO O FEZ! Nosso amado sempre enfrentou tudo de frente, aliás, do alto (como um passarinho), ele separava e curtia tudo que há de melhor!
Nesses 365 dias, acho que a palavra que mais pensei e procurei definir, foi a palavra saudade, e até hoje não tem uma certa definição, mas aí vai algumas que me tocou:

"Saudade é a presença da ausência."

"Saudade é um vício que não me satisfaz."

"Saudade é o amor que fica, de quem não pode ficar."

"Quando a saudade não cabe no peito, escorre pelos olhos."

"A saudade não tem braços, mas sabe como apertar."

"As vezes a saudade é tão grande, que a gente não sente mais. A gente é!"

"A saudade não deseja ir para frente, ela deseja voltar."

"A distância permite a saudade, mas nunca o esquecimento!"

"Saudade é uma cosquinha que se sente no coração, quando alguém se tornou especial."

Tenho outras frases, mas vou deixar pra usá-las em outros posts e pra finalizar, saudade é:

"NADA MAIS DO QUE A CERTEZA QUE O PASSADO VALEU A PENA!"

Pois é, como valeu... cada segundo ao lado do nosso grande guerreiro, feliz aquele que teve o privilégio de conhecê-lo, sabe realmente do que estou escrevendo, ele era e continua sendo muito, mas muito especial, um anjo enviado de Deus. Um menino, um príncipe, um gladiador, um guerreiro... Alegre, forte, corajoso, valente, servo fiel, e muito amado por todos!

Peço que o Senhor abençoe e cuide de minha irmã Márcia, meu cunhado Wagner e meu sobrinho Victor, que dê a paz no coração, pois superar cada dia não é fácil, uma família especial, escolhida para receber o ANJO JUAN, Deus sabia que eles eram os melhores pais, o melhor irmão, os melhores melhores do mundo (não é Ju?)!

Minha irmã Márcia é uma guerreira, carinhosa, amorosa, atenciosa, a verdadeira mulher graciosa em que Deus enviou um tesouro pra ela gerar e amar, amar eternamente. Irmã, ainda seremos muito felizes na eternidade. O Juan está curtindo tudo que há de melhor no céu!

É Ju, quantos corações e almas vc tocou e sei que vai continuar tocando, com sua história de superação e alegria. Seu olhar meigo e ao mesmo tempo tão profundo, seu abraço apertado, seu jeito brincalhão e espontâneo, a risada mais gostosa, não posso esquecer daquelas frases e palavras de adulto (é...as vezes me esquecia que vc era uma criança), muita inteligência, sabedoria... são tantas coisas boas, que só temos a agradecer a Deus, por ter nos enviado VC, obrigada por tudo meu amor, obrigada por nos ensinar sobre fé, superação, humildade, sabedoria, e a sorrir mesmo quando tudo parece estar desmoronando ao nosso redor. Grande guerreiro, ontem, hoje e sempre... esse é vc, nosso maior guerreiro!

A saudade permanecerá em nossos corações, e com muitos significados...

EU TE AMO, SUA FAMÍLIA TE AMA, SEUS AMIGOS TE AMAM, TODOS NÓS SOMOS ETERNAMENTE APAIXONADOS EM VC!!!!





Tia de Anjos

terça-feira, 4 de junho de 2013

Vencendo os dias!


Vencer os dias... as vezes parece fácil. Basta fazermos nossas atividades diárias, seja faculdade, trabalho, coisas de casa, ou o que for de costume... basta focarmos nosso pensamento naquilo e seguir adiante, basta sermos centrados e alegres. Mas será, será mesmo, que isso basta?
Acho que não...
Vencer os dias pra mim tem sido difícil, mesmo com uma família linda, com amigos queridos,  com um namorado que me apoia! Sinto um vazio tremendo... sinto que algo está vago... por fora um sorriso, muitas brincadeiras, mas por dentro...ah...por dentro! Só Ele conhece verdadeiramente nosso interior, só Deus sabe da minha dor, da sua dor... Quantas pessoas, até mesmo vc que está lendo, não tem vencido seus dias assim?

Tudo que faço, lembro dos meus anjos, penso em minha família, em como eles devem estar, em como a dor deve se instalar, e eu oro...oro a Deus para que nos ajude, que tome frente de todo sofrimento, que essa dor diminua, que a saudade seja de lembranças boas!

Hoje percebo que nossos atos e até mesmo nossos pensamentos, dependem muito de nossos dias, do que a vida tem nos proporcionado, já mudei tanto nesses anos, já acreditei em coisas que hoje não acredito, e que nunca pensei que seria diferente. E observando essa mudança, vejo que a dor nos transforma, o foco é outro, como li em algum lugar... "a vida é uma caixinha de surpresa"! 

Uma coisa que apenas confirmou pra mim, é que temos que aproveitar cada momento... viva com toda intensidade. E a única certeza é da morte, um dia todos nós morreremos, quando e como, não sabemos... Por isso, faça o que tem que ser feito. É difícil vencer os dias, mas de toda a dificuldade, tire tempo para amar quem está ao seu lado, tire tempo para abraçar quem vc ama, tire tempo pra pensar na vida e melhorar a cada dia, tire tempo pra olhar a dor do outro, que as vezes está precisando de vc! Tire tempo pra estender a mão e o coração... e principalmente, TIRE TEMPO PRA QUEM SEMPRE TEM TEMPO PRA VOCÊ... DEUS... Ele nunca está ocupado demais para te amar, para cuidar de vc, Ele está ao seu lado quando vc ri, quando vc chora... Ele está contigo a todo instante!!!! E o que me faz VENCER OS DIAS, em meio a alegrias e tristezas, é ELE... obrigada Senhor!!!!

Que meu vazio seja preenchido pelo amor de Cristo!!!!! Amém...

Recebi essa música, ela mexeu muito comigo, recomendo:

Elizabete Lacerda - Confia e Vai


Letra:

Confia e Vai


Quando a dor te buscar
Abre as portas do coração...
Pense naquele que um dia
Na cruz demonstrou compaixão
Mesmo que tudo pareça não ter uma solução
Olhe para o alto e veja o Cristo estendendo-lhe a mão

Se uma lágrima quente molhar o teu rosto, pense
Cristo o enxuga e alerta
A fé sempre vence
Levanta-te vai em paz

Assim Ele nos convidou do alto da cruz
Em resposta tratou seu algoz com amor
Pediu a Deus perdoasse o povo que o expulsou
Misericórdia e bondade Jesus demonstrou

Lembre-se de Maria, exemplo de compreensão
Ao ver que Jesus no calvário
Pediu aos céus sustentação
Serva de Deus, confiou, entregou sua dor ao Pai.
Pegue também sua cruz, confia e vai.

Lembre-se de Maria, exemplo de compreensão
Ao ver que Jesus no calvário
Pediu aos céus sustentação
Serva de Deus, confiou, entregou sua dor ao Pai.
Pegue também sua cruz, confia e vai.

Pegue também sua cruz, confia e vai.
Pegue também sua cruz, confia e vai.

É isso... que vc consiga vencer seus dias, e como diz a música, pegue também sua cruz, confia e vai!!!!!!! 

Beijos
Tia de Anjos ( facebook/tiadeanjos )